A TORRE DE BELÉM
"O projecto de construção da “Torre de Belém” data do reinado de D. João II, tendo sido posto em prática apenas no reinado do seu sucessor, o rei D. Manuel I, entre 1515 e 1519, seguindo os projectos de Garcia de Resende e Francisco de Arruda. A sua função era essencialmente defensiva. No início encontrava-se completamente rodeada de água.
O cronista Garcia de Resende foi o autor do seu risco inicial, tendo escrito:
"E assim mandou fazer então a (...) torre e baluarte de Caparica, defronte de Belém, em que estava muita e grande artilharia; e tinha ordenado de fazer uma forte fortaleza onde ora está a formosa torre de Belém, que el-Rei D. Manuel, que santa glória haja, mandou fazer; para que a fortaleza de uma parte e a torre da outra tolhessem a entrada do rio. A qual fortaleza eu por seu mandado debuxei, e com ele ordenei a sua vontade; e tinha já dada a capitania dela a Álvaro da Cunha, seu estribeiro-mor, e pessoa de que muito confiava; e porque el-Rei João faleceu, não houve tempo para se fazer" in: Crónica de D. João II, de Garcia de Resende1545.
A “Torre de Belém” é constituída por dois corpos: o baluarte e a torre de menagem. A torre de menagem, de forma quadrangular, desenvolve-se em três pisos e terraço aos quais se sobe através de uma escada em espiral. Originalmente, as três salas da torre destinavam-se à residência do Alcaide-mor, o comandante da guarnição militar. O baluarte que se projecta diante da torre de menagem como a proa de uma nau, tem a forma de um hexágono irregular. O acesso ao conjunto da torre é feito por um portal em arco de volta perfeita encimado pelo escudo régio e as esferas armilares, símbolos utilizados na emblemática manuelina habitual.
Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi, gradualmente, perdendo a sua função defensiva original. Ao longo dos séculos foi utilizada como arquivo aduaneiro, posto de sinalização telegráfico, e farol. Os seus paióis foram utilizados como masmorras para presos políticos durante o reinado de D. Filipe I (1580-1598), e, mais tarde, por D. João IV (1640-1656).
A decoração escultórica de toda a torre utiliza o vocabulário formal do manuelino, conjugado com aspectos do renascimento italiano. São profusos os elementos naturalistas e heráldicos, os típicos cordoamentos e algumas notas bastante originais, como o rinoceronte esculpido numa das faces.
No interior do baluarte situam-se as casamatas, cobertas por robustas abóbadas de cruzamento de ogivas. Nas paredes rasgam-se estreitas aberturas destinadas às peças de artilharia. Ao centro existe um pequeno claustro e, por baixo da casamata, ficavam os paióis, em algumas épocas utilizados como masmorras. Nos ângulos do baluarte erguem-se seis elegantes guaritas, cobertas com cúpulas gomadas. As guaritas arrancam de mísulas decoradas com motivos naturalistas e numa delas encontra-se a representação do rinoceronte.
As faces exteriores da “Torre de Belém” são soberbamente decoradas. Ao nível do primeiro andar da face sul descortina-se um balcão corrido, ou varandim, com arcaria de sete voltas e uma balaustrada rendilhada. Por cima, um enorme escudo real, ladeado por duas pequenas janelas de arcos torcidos e duas esferas armilares. Nas restantes paredes da torre, ao mesmo nível do varandim Sul, situam-se três balcões, com cruzes de Cristo nas balaustradas. Ao nível do último andar, uma varanda circunda a torre, ameada com escudos da Ordem de Cristo. Embutidas nos ângulos da parede Norte da torre encontram-se duas guaritas e, por cima destas, dois nichos com as imagens de S. Miguel e S. Vicente.
Finalmente, o terraço superior deste monumento, tem outras quatro guaritas nos ângulos e merlões chanfrados a toda a volta, coroando a torre de menagem. Do cimo da torre avista-se um magnífico panorama sobre o rio Tejo e sobre toda a zona de Belém e seus monumentos."
Fonte: http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2013/06/torre-de-belem.html
O cronista Garcia de Resende foi o autor do seu risco inicial, tendo escrito:
"E assim mandou fazer então a (...) torre e baluarte de Caparica, defronte de Belém, em que estava muita e grande artilharia; e tinha ordenado de fazer uma forte fortaleza onde ora está a formosa torre de Belém, que el-Rei D. Manuel, que santa glória haja, mandou fazer; para que a fortaleza de uma parte e a torre da outra tolhessem a entrada do rio. A qual fortaleza eu por seu mandado debuxei, e com ele ordenei a sua vontade; e tinha já dada a capitania dela a Álvaro da Cunha, seu estribeiro-mor, e pessoa de que muito confiava; e porque el-Rei João faleceu, não houve tempo para se fazer" in: Crónica de D. João II, de Garcia de Resende1545.
A “Torre de Belém” é constituída por dois corpos: o baluarte e a torre de menagem. A torre de menagem, de forma quadrangular, desenvolve-se em três pisos e terraço aos quais se sobe através de uma escada em espiral. Originalmente, as três salas da torre destinavam-se à residência do Alcaide-mor, o comandante da guarnição militar. O baluarte que se projecta diante da torre de menagem como a proa de uma nau, tem a forma de um hexágono irregular. O acesso ao conjunto da torre é feito por um portal em arco de volta perfeita encimado pelo escudo régio e as esferas armilares, símbolos utilizados na emblemática manuelina habitual.
Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi, gradualmente, perdendo a sua função defensiva original. Ao longo dos séculos foi utilizada como arquivo aduaneiro, posto de sinalização telegráfico, e farol. Os seus paióis foram utilizados como masmorras para presos políticos durante o reinado de D. Filipe I (1580-1598), e, mais tarde, por D. João IV (1640-1656).
A decoração escultórica de toda a torre utiliza o vocabulário formal do manuelino, conjugado com aspectos do renascimento italiano. São profusos os elementos naturalistas e heráldicos, os típicos cordoamentos e algumas notas bastante originais, como o rinoceronte esculpido numa das faces.
No interior do baluarte situam-se as casamatas, cobertas por robustas abóbadas de cruzamento de ogivas. Nas paredes rasgam-se estreitas aberturas destinadas às peças de artilharia. Ao centro existe um pequeno claustro e, por baixo da casamata, ficavam os paióis, em algumas épocas utilizados como masmorras. Nos ângulos do baluarte erguem-se seis elegantes guaritas, cobertas com cúpulas gomadas. As guaritas arrancam de mísulas decoradas com motivos naturalistas e numa delas encontra-se a representação do rinoceronte.
As faces exteriores da “Torre de Belém” são soberbamente decoradas. Ao nível do primeiro andar da face sul descortina-se um balcão corrido, ou varandim, com arcaria de sete voltas e uma balaustrada rendilhada. Por cima, um enorme escudo real, ladeado por duas pequenas janelas de arcos torcidos e duas esferas armilares. Nas restantes paredes da torre, ao mesmo nível do varandim Sul, situam-se três balcões, com cruzes de Cristo nas balaustradas. Ao nível do último andar, uma varanda circunda a torre, ameada com escudos da Ordem de Cristo. Embutidas nos ângulos da parede Norte da torre encontram-se duas guaritas e, por cima destas, dois nichos com as imagens de S. Miguel e S. Vicente.
Finalmente, o terraço superior deste monumento, tem outras quatro guaritas nos ângulos e merlões chanfrados a toda a volta, coroando a torre de menagem. Do cimo da torre avista-se um magnífico panorama sobre o rio Tejo e sobre toda a zona de Belém e seus monumentos."
Fonte: http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2013/06/torre-de-belem.html
INSULAE: A CASA DOS ROMANOS MAIS POBRES
Os romanos mais pobres viviam numa espécie de prédios que tinham entre 5 a 6 andares. Diz-se que pareciam ilhas e por isso deu-se o nome a estas casas de insulae. Esses andares estavam construídos em ruas estreitas. Um poeta romano do século II d.C. descreveu da seguinte forma os bairros populares de Roma: "Vivemos numa cidade onde a grande maioria das casas são construídas com finas vigas de madeira. Deste modo, são frequentes os desmoronamentos e os incêndios (...) É preciso ser-se rico para poder dormir sem barulhos, em calmas vivendas (...) A passagem das carroças nas ruas estreitas, ou as discussões por causa de um rebanho que não avança, tiram o sono a qualquer um. O rico, quando tem pressa, consegue passar rapidamente por entre a multidão, transportado na sua cómoda liteira. Mas eu, coitado de mim, não consigo avançar por entre o rio humano que me comprime e empurra (...) E, se isto não bastasse, há ainda outro género de perigos aos quais estamos expostos, quando caminhamos de noite, pelas ruas: frequentemente, das janelas, das varandas ou dos telhados tombam tijolos, vasos ou telhas que nos podem esmagar o crânio (...) Podemos dar-nos por felizes se apenas apanharmos com o conteúdo de uma bacia em cima! (...) E não falemos de outras desgraças (...) Pode acontecer também que nos apareça pela frente um bandido de faca em punho".
Como refere o poeta Juvenal, as habitações dos mais pobres eram feitas de vigas de madeira e por esse motivo os incêndios eram muito frequentes. Os últimos andares das ínsulae eram mais baratos do que os primeiros por ser mais difícil a fuga em caso de incêndio.
O andar inferior das ínsulae possuía lojas para a venda de produtos. No interior destas casas o mobiliário era pobre e em número muito reduzido. Existiam apenas uma ou duas camas, um banco ou uma cadeira. Nestes prédios não existia água, essencial para cozinhar e para a higiene pessoal, nem instalações sanitárias. As necessidades eram feitas em latrinas e nas termas públicas.
Fonte: https://www.facebook.com/associacao.professoreshistoria?fref=ts
Como refere o poeta Juvenal, as habitações dos mais pobres eram feitas de vigas de madeira e por esse motivo os incêndios eram muito frequentes. Os últimos andares das ínsulae eram mais baratos do que os primeiros por ser mais difícil a fuga em caso de incêndio.
O andar inferior das ínsulae possuía lojas para a venda de produtos. No interior destas casas o mobiliário era pobre e em número muito reduzido. Existiam apenas uma ou duas camas, um banco ou uma cadeira. Nestes prédios não existia água, essencial para cozinhar e para a higiene pessoal, nem instalações sanitárias. As necessidades eram feitas em latrinas e nas termas públicas.
Fonte: https://www.facebook.com/associacao.professoreshistoria?fref=ts
CASTELO DE ALMOUROL RECEBE "VIRIATO" NA REABERTURA
O Castelo de Almourol foi mais uma vez palco da peça de teatro “Viriato” este sábado dia 5, assinalando a reabertura do monumento após obras de intervenção na torre de menagem e beneficiação das muralhas e interiores.
O espetáculo do Grupo de Teatro “Fatias de Cá” está em cena desde 1999, em Vila Nova da Barquinha, e é apresentada uma vez por ano num palco que não pode ser mais monumental, com o castelo de Almourol e o rio Tejo como pano de fundo. A peça é baseada no livro “A voz dos deuses” de João Aguiar com adaptação de Carlos Carvalheiro e Filomena Oliveira e narra as nossas origens como povo: “Em 147 a.C. os romanos cercam o que resta da hoste lusitana, mais um episódio da guerra que Roma trava para se apoderar da Península Ibérica. Mas os lusitanos elegem um comandante que, durante sete anos, vai ser o pesadelo de Roma: Viriato”.
Pelo preço de 22,22€ o público é convidado é convidado de honra no banquete do casamento do Viriato. Um banquete à imagem dos da época dos romanos, com carne assada pão, vinho e fruta da época, tudo servido pelos mesmos atores e participantes.
O espetáculo volta a ser apresentado nos dias 12 e 19 de julho, pelas 19h19. Reservas: 960303991, [email protected]
Fonte: http://www.entroncamentoonline.pt/portal/artigo/castelo-de-almourol-recebe-%E2%80%9Cviriato%E2%80%9D-na
FOTOS DE JOSÉ NEVES
O espetáculo do Grupo de Teatro “Fatias de Cá” está em cena desde 1999, em Vila Nova da Barquinha, e é apresentada uma vez por ano num palco que não pode ser mais monumental, com o castelo de Almourol e o rio Tejo como pano de fundo. A peça é baseada no livro “A voz dos deuses” de João Aguiar com adaptação de Carlos Carvalheiro e Filomena Oliveira e narra as nossas origens como povo: “Em 147 a.C. os romanos cercam o que resta da hoste lusitana, mais um episódio da guerra que Roma trava para se apoderar da Península Ibérica. Mas os lusitanos elegem um comandante que, durante sete anos, vai ser o pesadelo de Roma: Viriato”.
Pelo preço de 22,22€ o público é convidado é convidado de honra no banquete do casamento do Viriato. Um banquete à imagem dos da época dos romanos, com carne assada pão, vinho e fruta da época, tudo servido pelos mesmos atores e participantes.
O espetáculo volta a ser apresentado nos dias 12 e 19 de julho, pelas 19h19. Reservas: 960303991, [email protected]
Fonte: http://www.entroncamentoonline.pt/portal/artigo/castelo-de-almourol-recebe-%E2%80%9Cviriato%E2%80%9D-na
FOTOS DE JOSÉ NEVES
VIAGEM MEDIEVAL EM TERRA DE SANTA MARIA
"A Viagem Medieval (VM) é o maior evento de recriação histórica medieval do país. Realiza-se, anualmente, durante dez dias consecutivos, no centro histórico da cidade de Santa Maria da Feira." (veja o vídeo)
IMAGENS COM HISTÓRIA...
A palmatória (imagem de 1960)
Fonte da imagem: http://restosdecoleccao.blogspot.pt/search/label/Ensino%20Primário
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FIM DA PENA DE MORTE EM PORTUGAL
MERCADO MEDIEVAL DE ÓBIDOS 2014
D. Sancho II e o Cerco da Vila pelo Conde de Bolonha
Cerco da vila pelo Conde de Bolonha, futuro rei D. Afonso III, nas lutas de hegemonia que o opuseram ao seu irmão, então o rei D. Sancho II. Neste conturbado período, a vila manteve-se fiel ao seu soberano. Apesar das intenções do futuro Afonso III serem as de obrigar os habitantes a reconhecerem-no como legítimo soberano, a verdade é que numa assembleia convocada pelo alcaide D. Fernando, governantes e nobres juram continuar fiéis a D. Sancho. O cerco durou oito meses, apesar das tentativas conciliatórias tentadas pelo Conde de Bolonha, o recurso às armas foi inevitável.
Cerco da vila pelo Conde de Bolonha, futuro rei D. Afonso III, nas lutas de hegemonia que o opuseram ao seu irmão, então o rei D. Sancho II. Neste conturbado período, a vila manteve-se fiel ao seu soberano. Apesar das intenções do futuro Afonso III serem as de obrigar os habitantes a reconhecerem-no como legítimo soberano, a verdade é que numa assembleia convocada pelo alcaide D. Fernando, governantes e nobres juram continuar fiéis a D. Sancho. O cerco durou oito meses, apesar das tentativas conciliatórias tentadas pelo Conde de Bolonha, o recurso às armas foi inevitável.
LISBOA ANTES DO TERRAMOTO DE 1755
A pedido do Museu Nacional de Arte Antiga, no âmbito da exposição «A Encomenda Prodigiosa», foi disponibilizado este vídeo ilustrativo do enquadramento urbano da Patriarcal no tecido da Lisboa Barroca de 1755, realizado ao abrigo do projeto «Cidade e Espetáculo: uma visão da Lisboa pré-terramoto» (veja o vídeo)
IMAGENS COM HISTÓRIA...
Dirk Stoop, pintor famengo (1610-1686), «O Paço da Ribeira»
Nesta tela observam-se nobres, clérigos, burgueses e escravos.
A distinção social entre estes exprime-se no traje, na postura das personagens, na forma de deslocação e no aparato que as acompanha.
Nesta tela observam-se nobres, clérigos, burgueses e escravos.
A distinção social entre estes exprime-se no traje, na postura das personagens, na forma de deslocação e no aparato que as acompanha.
VÍTIMAS PORTUGUESAS DA II GUERRA MUNDIAL
"Na II Guerra Mundial, Portugal teve um papel neutral, mas isso não impediu que houvesse vítimas portuguesas. Não em combate, mas nos campos de concentração do regime nazi. A SIC mostra-lhe a segunda parte de uma investigação do jornal Público, que revela a identidade de portugueses vítimas do massacre de Hitler." (veja o vídeo)
FEIRA MEDIEVAL DE TORRES NOVAS - NA SENDA DE GIL PAES
Em 1373, as pretensões de D. Fernando ao trono de Castela, valiam a Portugal nova invasão dos exércitos castelhanos, agora comandados por D. Henrique II. No trajecto feito pelo invasor, Torres Novas foi das poucas praças que resistiu ao cerco montado em torno do seu castelo, mantendo-se por el-Rei de Portugal. Gil Paes foi o alcaide torrejano que assegurou a menagem ao seu rei, mesmo quando, diante de si, o rei castelhano dava ordens para que lhe enforcassem o filho, entretanto capturado. Feita a destruição das muralhas da vila e vingado o castelhano com a morte do jovem, partiu o invasor ao encontro do rei português, sem que Torres Novas se rendesse.
Promovendo, pelo 5º ano consecutivo, a recriação de momentos essenciais do passado de Torres Novas, as Memórias da História apresentam agora o seu herói medieval, inserindo essa evocação na já tradicional feira de época. Um mundo de cheiros, cores e sabores que marcaram uma época longínqua.
De 5 a 8 de Junho de 2014, em Torres Novas, Santarém
In site: http://www.memoriasdahistoria.com/
Promovendo, pelo 5º ano consecutivo, a recriação de momentos essenciais do passado de Torres Novas, as Memórias da História apresentam agora o seu herói medieval, inserindo essa evocação na já tradicional feira de época. Um mundo de cheiros, cores e sabores que marcaram uma época longínqua.
De 5 a 8 de Junho de 2014, em Torres Novas, Santarém
In site: http://www.memoriasdahistoria.com/